Fazendo uma breve reflexão... acho que o ponto nem é exatamente "cultura". É algo mais profundo que acontece quando um livro está prestes a ser lançado. Não sei vocês, mas tem algo diferente nisso. Porque... enquanto a gente está criando, aquilo é só nosso.

Seja uma ilustração, um livro, ou até uma receita de um doce gostoso, enquanto estamos ali, colocando energia, dedicação, cuidado... aquilo ainda pertence só a nós. Estamos mergulhados no processo, tentando fazer com que aquilo fique bom, fique apresentável — nem sei se essa é a melhor palavra, mas você entendeu.

Só que em algum momento, aquilo deixa de ser só seu. Passa a ser seu... e do mundo.

E isso é um misto de emoções. Porque a gente quer isso, né? Quer que alguém prove o bolo e elogie. Quer que alguém leia tua história ou veja tua ilustração e admire. Mas...e aí vem o grande plot twist: você não pode controlar isso.

Não existe um jeito de garantir que a reação do outro seja como você espera. E, a partir do momento que você coloca sua obra no mundo, ela está sujeita a críticas, elogios, interpretações que você talvez nem tenha imaginado. E aí você precisa estar minimamente preparado pro tal do feedback. Seja ele bom ou ruim.

Acho que é isso que causa essa avalanche de emoções. É isso que deixa a gente apreensivo.

Eu mesmo me pego aqui, pensativo, refletindo: como será quando as primeiras pessoas — aquelas que eu nem conheço — tiverem meu livro em mãos? Será que vão gostar? Será que vão sentir algo lendo? Será que vão amar? Vão abandonar na página 10?

Em breve, meu livro estará na rua. E eu espero, de verdade, que independente do tipo de feedback — seja ele doce ou mais azedo — ele seja, no fim das contas, construtivo. Que me ajude a melhorar. Que me impulsione a continuar escrevendo, aprendendo e, acima de tudo, crescendo.